BB quer 10 milhões de clientes no Banco Postal

A agressividade demonstrada anteontem pelo Banco do Brasil (BB) no leilão para operar o Banco Postal, serviço de correspondente bancário dos Correios, encontra reflexos também nas metas que a maior instituição financeira do país pretende atingir com a nova parceria. Nos cinco anos de vigência do contrato, contados a partir de janeiro de 2012, o BB planeja abrir de 9 a 10 milhões de contas correntes, ou seja, o dobro dos 5 milhões de clientes conquistados pelo Bradesco durante os nove anos em que operou o serviço.

Alexandre Abreu, vice-presidente de distribuição do Banco do Brasil, não especificou, porém, se esse volume de clientes virá, em parte, daqueles que hoje são do Bradesco. Da mesma forma, o executivo evitou falar de estratégias para reter esse público. “Ainda estamos estudando a melhor forma de abordagem”. No site do Banco Postal, consta à informação de que são abertas, diariamente, cerca de 5 mil contas.

O Banco do Brasil trabalha com a expectativa de retorno do investimento feito no Banco Postal em 2013. Portanto, até o fim de 2012, os R$ 2,8 bilhões a serem desembolsados pelo BB – R$ 2,3 bilhões pelo lance dado no leilão e R$ 500 milhões referentes ao uso da rede dos Correios – deverão voltar para o banco estatal.

A grade de produtos à disposição dos clientes do Banco Postal vai aumentar. Um exemplo é o financiamento imobiliário do programa de governo Minha Casa Minha Vida, para famílias com renda de até três salários mínimos, cuja autorização para operar foi dada ao BB há um mês. Em tempo: 93% dos correntistas dos Banco Postal têm renda de até três salários mínimos. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de financiamento a projetos individuais ou coletivos, vai passar também a ser oferecido pelo BB por meio do Banco Postal, bem como outras linhas de crédito rural e o chamado microcrédito.

Baseado em informações do site do Valor Econômio